quinta-feira, 11 de outubro de 2012


Contos de enganar a morte - autor Ricardo Azevedo

Um livro interessante é Contos de Enganar a Morte, de Ricardo Azevedo, da editora Ática. As ilustrações do próprio autor são em preto e branco, em traço firme e grosso, lembrando muito xilogravuras de literatura de cordel. O livro traz quatro saborosas narrativas populares brasileiras de pessoas que não queriam morrer e inventam truques e ardis para escapar da morte. Mas ela sempre vence no final, é claro. 




Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. Se os adultos adoram ouvir uma boa história, um “bom causo”, a criança é capaz de se interessar e gostar ainda mais por elas, já que sua capacidade de imaginar é mais intensa.


Quando as crianças maiores ouvem as histórias, aprimoram a sua capacidade de imaginação, já que ouvi-las pode estimular o pensar, o desenhar, o escrever, o criar, o recriar. Num mundo hoje tão cheio de tecnologias, onde as informações estão tão prontas, a criança que não tiver a oportunidade de suscitar seu imaginário, poderá no futuro, ser um indivíduo sem criticidade, pouco criativo, sem sensibilidade para compreender a sua própria realidade.


No intuito de despertar o interesse da criança pela leitura é fundamental que as rodas de história façam parte da rotina nas instituições, onde as crianças participem em situações de leitura de diferentes gêneros  feita pelos adultos, como contos, poemas, parlendas, trava-línguas, notícias de jornal etc.



As crianças ficam atentas quando preparamos uma apresentação bem elaborada, contextualizada, com cenário apropriado e personagens presentes ou imaginários que as conduzem pela narrativa.  

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Semana da criança - 2012

Contando histórias na biblioteca infantil do Colégio Divino Salvador



“O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.”




Povoa-se o imaginário de personagens que protagonizam e poetizam grandes aventuras, clássicas ou não, e desenvolve-se o gosto pela leitura, pelo ouvir e pelo contar, assim como pelo recriar, de diferentes formas, seja através da oralidade, do desenho, da imitação, do teatro o que foi lido ou ouvido.




Quando a criança ouve ou lê uma história e é capaz de comentar, indagar, duvidar ou discutir sobre ela, realiza uma interação verbal, que neste caso, vem ao encontro das noções de linguagem de Bakhtin (1992). Para ele, o confrontamento de ideias, de pensamentos em relação aos textos, tem sempre um caráter coletivo, social.







A história abre espaço para a alegria e o prazer de ler, compreender, interpretar a si próprio e à realidade é uma narrativa que se baseia num tipo de discurso calcado no imaginário de uma cultura. As fábulas, os contos, as lendas são organizados de acordo com o repertório de mitos que a sociedade produz. Quando estas narrativas são lidas ou contadas por um adulto para uma criança, abre-se uma oportunidade para que estes mitos, tão importantes para a construção de sua identidade social e cultural, possam ser apresentados a ela.